segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

STOMP...vale a pena ir ver




Latas, vassouras, botas, isqueiros, tampas de caixotes do lixo, garrafões, cadeiras, baldes de plástico... São objectos do nosso quotidiano que pouco protagonismo têm em muitas das nossas vidas. Utilitários, sem dúvida. Mas habitualmente remetidos às funções para as quais foram criados. Tudo isto muda se em cena entra o colectivo Stomp. Aí estes objectos transfiguram-se, ganham outra notoriedade. E em vez de limpar, calçar, ou arrumar, ajudam a fazer música e a dançar... A ideia já não é uma novidade absoluta para o público português, que já acolheu por várias vezes espectáculos dos Stomp. O reencontro, de resto, é uma vez mais possível, para já em Lisboa.

O Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa, apresenta nas próximas semanas a trupe Stomp, com espectáculos diários (salvo às segundas-feiras) pelas dez da noite, com actuações adicionais nas tardes de sábado e domingo, pelas 17.00. Depois da temporada lisboeta, o espectáculo muda-se de armas e bagagens para o Norte. Aí estará em cena no Coliseu do Porto, com estreia marcada para dia 18 de Fevereiro, às 21.30.

Os espectáculos dos Stomp habituaram as suas plateias a um festim de sons e movimentos. Não é apontado a nenhum grupo etário nem a nenhum público-alvo em particular. Os objectos usados em cena são, ao mesmo tempo, adereço para as coreografias e instrumentos de percussão. A sua linguagem é universal, ultrapassa a barreira das línguas e já mostrou ser capaz de comunicar para povos de todo o mundo.

A ideia nasceu em Brighton, no Reino Unido, quando uma trupe de dança nada tradicional surgiu com uma proposta de espectáculo claramente invulgar. Na origem da concepção do projecto está uma banda: a The Yes/No People, que ganhou alguma notoriedade por criações como Mr Johnson ou Some Things Are True.

As primeiras apresentações dos Stomp valeram-lhes imediata mediatização. O sucesso em palco rapidamente deu lugar a novas aventuras tão distintas como a gravação de discos ou a participação em spots para campanhas televisivas. Inevitavelmente um DVD entrou depois em cena, registando em Stomp Out Loud o ambiente do espectáculo na origem deste fenómeno.

Os Stomp têm vários espectáculos residentes (em cidades como Nova Iorque ou Las Vegas) e digressões que correm o mundo.


http://dn.sapo.pt/2009/01/07/artes/dancas_rua_stomp_regresso_a_lisboa.html

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